quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Quem planta o preconceito - Natiruts

Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar...
Lembra da criança
No sinal pedindo esmola?
Não é problema meu
Fecho o vidro
Vou embora...
Lembra aquele banco
Ainda era de dia
Tem preto lá na porta
Avisem a polícia...
E os milhões e milhões
Que roubaram do povo
Se foi político ou doutor
Serão soltos de novo
Ooooooooooooh!
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Impunidade, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Impunidade, indiferença
Não pode reclamar...
-"Ainda há muito
O que aprender
Com África Bambata
E Salassiê
Com Bob Marley e Chuck D
O reaggae, o hiphop
Às vezes não é esse
Que está aí
Seqüela a violência
Entrando pelo rádio
Pela tela
E você só sente quando falta
O rango na panela
Nunca aprende
Só se prende, não se defende
Se acorrenta, toma o mal
Traga o mal, experimenta
Por isso ainda há muito
O que aprender
Com África Bambata
E Salassiê
Com Bob Marley e Chuck D
O reaggae, o hiphop pode ser
O que se expressa aqui
Jamaica
O ritmo no pódium sua marca
Várias medalhas
Vários ouros, zero prata
E no bater da lata
Decreto morte é o gravata
E no bater das palmas
Viva a cultura rasta"
Crianças não nascem más
Crianças não nascem racistas
Crianças não nascem más
Aprendem o que
Agente ensina...
-"Por isso ainda há muito
O que aprender
Com África Bambata
E Salassiê
Com Bob Marley e Chuck D
Todo dia algo diferente
Que não percebi
E na lição um novo
Dever de casa
Mais brasa na fogueira
E o comédia vaza
A moda acaba
A gravadora trai
E o fã já não
Te admira mais
Ainda há muito
O que aprender
Lado a lado, aliados
Natiruts, GOG
O DF, o cerrado
Um cenário descreve
Do Riacho a Ceilândia
Cansei de ver
A repressão policial
A criança sem presente
De natal
O parceiro se rendendo ao mal
Quem planta a violência
Colhe odio no final"
Segue o link do clipe.

Podemos acabar com o preconceito?

.            Todos temos preconceitos, em maior ou menor grau. Alguns de nós deixam esse sentimento transbordar para as atitudes, machucando as pessoas, discriminando abertamente ou de forma camuflada. Alguns, poucos conseguem lidar bem com esse sentimento, aceitando e respeitando ao máximo as diferenças dos outros.
             O combate ao próprio preconceito é uma luta constante, que precisamos travar a cada contato, a cada nova amizade, a cada conversa, a cada decisão. O preconceito é uma herança milenar da humanidade e, provavelmente, ainda levaremos milênios para conseguir eliminar totalmente este sentimento de nossas mentes e corações, se é que isso é realmente possível.
              Leis e medidas judiciais podem servir para defender suas vítimas de preconceito, mas não resolvem o problema na raiz. Então, qual será a saída? A educação hoje não tem ajudado muito. O pesquisador, Celso Antunes diz que é preciso que haja um esforço intenso e direcionado para o combate ao preconceito na escola, e não de uma educação que é preconceituosa porque se julga capaz de combatê-lo, mas não o faz de verdade. “Se você chega para um professor e pergunta se ele combate o preconceito, ele vai dizer:Óbvio!. Mas como, se ele não leva o assunto com frequência para a sala de aula e não toma atitudes que reforcem seu discurso?”.
             É importante que se aborde o assunto com coerência em casa. “Se o pai não toma posição nas tarefas domésticas junto com a mãe e simplesmente chega em casa e pede para a mulher pegar uma cerveja, o filho vai assimilar isso.” Da mesma forma, quem presencia um ato de discriminação na escola, na rua ou na tevê, e não tem espaço em casa para debatê-lo e entendê-lo, tem tudo para adotar o comportamento preconceituoso como certo. “Quem sabe, se isso acontecer, mas somente se isso acontecer, poderemos ver esse mal eliminado em duas ou três gerações,” finaliza Antunes.

O preconceito está em nosso cotidiano.

É assustador ver as proporções que o preconceito vem alcançando sem que as pessoas se deem conta, pois está mascarado em nosso cotidiano. O pior dos preconceitos, porém, apresenta-se cruelmente e sem artifícios: a discriminação social, regida e controlada pelo dinheiro. É justamente essa forma de conceito formado por antecipação que faz a desigualdade social aumentar absurdamente. 
              O Preconceito é o ato de ter uma opinião contrária sobre determinado assunto sem antes conhecê-lo. É uma postura ou Idea pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos “padrões” de uma sociedade.
A grande razão para ocorrer o preconceito, é que existem pessoas que se julgam superiores aos outros, não usam o bom senso e resumem que sua opinião sempre será a mais importante.
No mundo competitivo em que vivemos, vencerá o mais apto, o mais bem preparado. Podemos dizer, então, que alcançará os melhores resultados quem possuir um bom capital financeiro para investir em si próprio. E o restante? Há muitas pessoas competentes que, por falta de recursos e oportunidades, acabam ficando para trás, sendo anuladas.
Portanto, a sociedade, que se diz democrática, deveria dar ouvidos a essa classe social posta em isolamento, e entender os motivos pelos quais os tachados incultos se encontram nessa situação. Esse seria o primeiro passo para pôr fim ao pior dos preconceitos, o social, que só faz aumentar as diferenças entre as pessoas, ao discriminá-las com base em critérios irrelevantes como o dinheiro.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Pesquisa: Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar.

De acordo com a pesquisa Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 96,5% dos entrevistados têm preconceito com relação a pessoas com deficiência, 94,2% têm preconceito étnico-racial, 93,5% de gênero, 91% de geração, 87,5% socioeconômico, 87,3% com relação à orientação sexual e 75,95% têm preconceito territorial.

O estudo indica ainda que 99,9% dos entrevistados desejam manter distância de algum grupo social. Os deficientes intelectuais são os que sofrem maior preconceito com 98,9% das pessoas com algum nível de distância social, seguido pelos homossexuais com 98,9%, ciganos (97,3%), deficientes físicos (96,2%), índios (95,3%), pobres (94,9%), moradores da periferia ou de favelas (94,6%), moradores da área rural (91,1%) e negros (90,9%).

De acordo com o diretor de Estudos e Acompanhamentos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação (MEC), Daniel Chimenez, o resultado desse estudo será analisado detalhadamente, uma vez que o MEC já demonstrou preocupação com o tema e com a necessidade de melhorar o ambiente escolar e de ampliar ações de respeito à diversidade.